LUIZ MARINHO ILUDIU E EXCLUIU OS SERVIDORES

20-04-2012 18:27

 

Luiz Marinho iludiu e excluiu servidores PDF Imprimir E-mail
Sáb, 07 de Abril de 2012 11:28

* Admir Ferro - Os servidores públicos municipais de São Bernardo experimentam aquela que talvez seja a maior decepção de suas vidas. O comportamento do governo do prefeito Luiz Marinho (PT) em relação à classe trabalhadora da Prefeitura não foi apenas decepcionante. Foi de traição e exclusão.

Em 2008, quando precisava do apoio dos servidores, Marinho se aproximou deles com promessas de mudanças. Tinha a seu favor o fato de que era um ex-sindicalista, ex-ministro do trabalho e da Previdência. A grande maioria dos servidores acreditou nas promessas e deu voto de confiança ao então candidato.

Hoje, quando faltam poucos meses para encerramento de seu governo, o saldo é que as mudanças, efetivamente, aconteceram. Mas para pior, muito pior. Marinho acenava, em 2008, com um Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração para a categoria. Algo que eles sempre desejaram.

Quando fui Secretário de Educação do município, por três gestões consecutivas, consegui elaborar, em conjunto com os profissionais da Educação, dois Estatutos do Magistério. O primeiro, aprovado em 1998 e o outro, que complementava o primeiro, em 2008. Na época, o PT, na oposição, dizia que o Estatuto não era bom. Respondi que se tratava de uma lei municipal que poderia, sim, ser melhorada no futuro.

O candidato Marinho apegou-se a esse fato e prometeu fazer as melhoras. No entanto, quando faltam poucos meses para o final de seu governo, a verdade é que jamais o prefeito enviou à Câmara qualquer plano de cargos e carreiras, tanto para os funcionários da Educação como para todo o conjunto de funcionários municipais.

No entanto, abusando da boa fé dos servidores, espalha à boca pequena que não consegue avançar porque não obtém apoio da Câmara. Uma grande inverdade. Não somente porque o prefeito dispõe de folgada maioria, mas principalmente porque sua administração omitiu-se do assunto.

Em 2009 a atual administração, no lugar de dialogar com os servidores e seus representantes, contratou uma empresa para elaborar o Plano de Cargos e Salários. Gastou R$ 75 mil e, pelo jeito, o dinheiro da população foi jogado no ralo, na medida em que o plano jamais apareceu.

O que surgiu, também em 2009, foi um projeto para concessão de aumentos aos médicos da rede municipal de saúde. O prefeito pediu urgência na aprovação do projeto que, embutido, trazia a retirada de benefícios a outros profissionais da área da saúde. O projeto foi aprovado. No entanto, não ocorreu, de lá para cá, melhoria substancial na saúde. E os outros servidores ficaram sem os benefícios.

O governo Marinho retirou o abono de Natal que sempre foi concedido aos servidores nos últimos 20 anos. No ano passado concedeu abono de R$ 300 e, para este ano, nada de novo. A propósito, para o servidor o atual mandato já acabou. Porque a lei eleitoral impede que as administrações concedam qualquer beneficio seis meses antes das eleições. O desprezo do governo do PT de Marinho com os servidores é notório. O ex-sindicalista jamais se sentou à mesa de negociações com os trabalhadores. Delegou a tarefa a seus assessores e, enquanto mantém um discurso de diálogo, na prática retira conquistas anteriores.

A verdade é que ao longo dos últimos três anos Marinho enrolou os servidores com promessas não cumpridas enquanto terceirizava boa parte dos serviços que antes eram executados pela administração direta. Voltou-se de costas para os pleitos da Guarda Municipal, acabou com o Fundo de Previdência e mostra indiferença em relação à assistência médica que se deteriorou de maneira absurda nos últimos anos.

Nomeando chefias estranhas aos quadros dos servidores, gente que não tem compromisso com a cidade, o governo Marinho implantou a lei da mordaça, instituiu ameaças, politização, aparelhou órgãos públicos e impôs desprestigio e desprezo a uma categoria que sempre se caracterizou pelo zelo e dedicação profissional.

Este foi o governo da mudança. Que incluiu forasteiros para fazer laboratório político na cidade e excluiu delas seus servidores e sua população. Porque o PT não tem um projeto de governo. Tem projeto de poder.

* Admir Ferro é vereador e líder da bancada do PSDB na Câmara Municipal

Luiz Marinho iludiu e excluiu servidores PDF Imprimir E-mail
Sáb, 07 de Abril de 2012 11:28

* Admir Ferro - Os servidores públicos municipais de São Bernardo experimentam aquela que talvez seja a maior decepção de suas vidas. O comportamento do governo do prefeito Luiz Marinho (PT) em relação à classe trabalhadora da Prefeitura não foi apenas decepcionante. Foi de traição e exclusão.

Em 2008, quando precisava do apoio dos servidores, Marinho se aproximou deles com promessas de mudanças. Tinha a seu favor o fato de que era um ex-sindicalista, ex-ministro do trabalho e da Previdência. A grande maioria dos servidores acreditou nas promessas e deu voto de confiança ao então candidato.

Hoje, quando faltam poucos meses para encerramento de seu governo, o saldo é que as mudanças, efetivamente, aconteceram. Mas para pior, muito pior. Marinho acenava, em 2008, com um Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração para a categoria. Algo que eles sempre desejaram.

Quando fui Secretário de Educação do município, por três gestões consecutivas, consegui elaborar, em conjunto com os profissionais da Educação, dois Estatutos do Magistério. O primeiro, aprovado em 1998 e o outro, que complementava o primeiro, em 2008. Na época, o PT, na oposição, dizia que o Estatuto não era bom. Respondi que se tratava de uma lei municipal que poderia, sim, ser melhorada no futuro.

O candidato Marinho apegou-se a esse fato e prometeu fazer as melhoras. No entanto, quando faltam poucos meses para o final de seu governo, a verdade é que jamais o prefeito enviou à Câmara qualquer plano de cargos e carreiras, tanto para os funcionários da Educação como para todo o conjunto de funcionários municipais.

No entanto, abusando da boa fé dos servidores, espalha à boca pequena que não consegue avançar porque não obtém apoio da Câmara. Uma grande inverdade. Não somente porque o prefeito dispõe de folgada maioria, mas principalmente porque sua administração omitiu-se do assunto.

Em 2009 a atual administração, no lugar de dialogar com os servidores e seus representantes, contratou uma empresa para elaborar o Plano de Cargos e Salários. Gastou R$ 75 mil e, pelo jeito, o dinheiro da população foi jogado no ralo, na medida em que o plano jamais apareceu.

O que surgiu, também em 2009, foi um projeto para concessão de aumentos aos médicos da rede municipal de saúde. O prefeito pediu urgência na aprovação do projeto que, embutido, trazia a retirada de benefícios a outros profissionais da área da saúde. O projeto foi aprovado. No entanto, não ocorreu, de lá para cá, melhoria substancial na saúde. E os outros servidores ficaram sem os benefícios.

O governo Marinho retirou o abono de Natal que sempre foi concedido aos servidores nos últimos 20 anos. No ano passado concedeu abono de R$ 300 e, para este ano, nada de novo. A propósito, para o servidor o atual mandato já acabou. Porque a lei eleitoral impede que as administrações concedam qualquer beneficio seis meses antes das eleições. O desprezo do governo do PT de Marinho com os servidores é notório. O ex-sindicalista jamais se sentou à mesa de negociações com os trabalhadores. Delegou a tarefa a seus assessores e, enquanto mantém um discurso de diálogo, na prática retira conquistas anteriores.

A verdade é que ao longo dos últimos três anos Marinho enrolou os servidores com promessas não cumpridas enquanto terceirizava boa parte dos serviços que antes eram executados pela administração direta. Voltou-se de costas para os pleitos da Guarda Municipal, acabou com o Fundo de Previdência e mostra indiferença em relação à assistência médica que se deteriorou de maneira absurda nos últimos anos.

Nomeando chefias estranhas aos quadros dos servidores, gente que não tem compromisso com a cidade, o governo Marinho implantou a lei da mordaça, instituiu ameaças, politização, aparelhou órgãos públicos e impôs desprestigio e desprezo a uma categoria que sempre se caracterizou pelo zelo e dedicação profissional.

Este foi o governo da mudança. Que incluiu forasteiros para fazer laboratório político na cidade e excluiu delas seus servidores e sua população. Porque o PT não tem um projeto de governo. Tem projeto de poder.

* Admir Ferro é vereador e líder da bancada do PSDB na Câmara Municipal